Após 21 dias de pura adrenalina e festa, eis que termina o Campeonato Africano das Nações, realizado pela primeira vez em Angola. Durante o mês de Janeiro, Angola de Cabinda ao Cunene parou para acompanhar o maior evento desportivo a nível africano, que Angola alguma vez realizou. Apesar do ataque à selecção do Togo, antes do início do campeonato, o balanço que faço deste evento é bastante positivo.
Durante quatro anos, Angola esmerou-se para organizar um evento exemplar, e de facto conseguiu. Muitos dizem que o momento escolhido para a realização do CAN em Angola foi um bocado precipitado pois existem ainda bastantes problemas que devem ser solucionados, tais como o combate à pobreza, a melhoria do abastecimento de água, a extinção das falhas energéticas, ou até mesmo uma resolução ao problema do tão famoso enclave de Cabinda. Eu acho que o momento foi bem escolhido, não só porque este ano África acolhe pela primeira vez o Mundial de futebol, mas também porque o Governo angolano necessita passar uma imagem de progresso e crescimento económico para todo o mundo e dessa forma "sugar" investimento internacional, mesmo que para isso oculte os problemas sociais que o país enfrenta (o que me faz lembrar a capa do New York Time onde aparecia Salazar e Portugal personificado numa linda maçã com o interior todo podre).
Enfim, em todo o caso, o CAN foi uma autêntica festa ao alcance de tod@s, visto que os preços dos bilhetes eram bastante acessíveis. Os angolanos viveram vários dias em êxtase, festa e de pura animação, ou como se diz por lá, um autêntico boda.
Orgulho-me de que este tenha sido um dos melhores CAN de todos os tempos, mas espero que o país acorde deste sonho e esteja preparado para enfrentar os novos problemas, a começar pela restrição da liberdade que poderá advir da aprovação da nova Constituição.
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O sonho ainda agora começou.
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